Desafio IV
Depois da confusão gerada devido à dúvida que se instaurou sobre a cor do envelope, a questão tomou grandes proporções.
Todos gritávamos e, nervosos, tentávamos perceber qual o sentido lógico da situação.
Patrão Bigodes estava muito exaltado, até porque já tinha sido informado do mail que Cabeça de Fósforo enviara a Dr. Fintas. Este facto era preocupante para ele porque, ao fim e ao cabo, Patrão Bigodes não tem outro remédio senão "engraxar" Dr. Fintas.
Esta não era uma boa publicidade para a sua pequena empresa de "armazenados".
- Isto tem de ser esclarecido!!! - dizia nervoso - O envelope ou era vermelho ou era branco!
- Podia ser às pintinhas... - alguém se atreveu a humurar a situação.
- Esteja calado!! - disparou Patrão Bigodes.
Cabeça de Fósforo permanecia ao canto assistindo a tudo com um gozo perverso.
Mas foi interpelada:
- Olhe lá! Cabeça de Fósforo! Telefone à pessoa que supostamente enviou o envelope e pergunte se se lembra de que cor era. - ordenou Patrão Bigodes
- É assim, não sei... É assim...
A Cabeça de Fósforo não lhe agradava ter de obedecer. E muito menos a Patrão Bigodes.
- Iá! Vai Cabeça de Fósforo! Telefona!! bute aí minha!!! - diziam os "armazenados" quase em uníssono.
Cabeça de Fósforo não resistiu a esta pressão e foi...
Meteu-se no seu gabinete, teclou um número e esperou...
Todos nós ficámos cá fora a olhar pelo vidro, qual vagabundo olhando pela vitrine de um restaurante, e tentámos perceber o que se dizia lá dentro.
As únicas palavras que consegui perceber:
- É assim ....... pois..... não sei quê..... assim.... não sei que mais..... pá..... é assim..... vermelho?..... branco?.... é assim..... pá..... iá....
A espera era longa e penosa...
Por fim, saiu.
- É assim! Ela diz que o envelope que mandou era branco, mas que não se lembra muito bem e não sei quê e não sei que mais. É assim, diz que o monte de envelopes que tem para usar naquele momento é de brancos, mas é assim, diz que não sei quê, mas que também tem tido vermelhos.
É assim, diz que tem quase a certeza que era branco.
- Humm - pensou Patrão Bigodes, cofiando o seu bigode - E em que dia mandou ela esse envelope?
- É assim, não perguntei e não sei quê...
O teor do olhar de Patrão Bigodes deve ter sido tal que aliado ao nosso de poucos amigos fez com que:
- É assim. Vou ligar outra vez e não sei quê... - afastou-se furiosa.
Desta vez a espera foi menor (uns 5 ou 6 "É assim" apenas).
- É assim: diz que mandou no dia 25 de Junho, sexta feira e não sei quê.
Aníbal espumava de raiva e ouvia-se um sussurrar:
- Era vermelho... era vermelho... Tenho a certeza absoluta... lembro-me muito bem.. estão todos a ser enganados.. era vermelho... eu sei ... ou eu não me chame Aníbal...
Fim da parte III
Todos gritávamos e, nervosos, tentávamos perceber qual o sentido lógico da situação.
Patrão Bigodes estava muito exaltado, até porque já tinha sido informado do mail que Cabeça de Fósforo enviara a Dr. Fintas. Este facto era preocupante para ele porque, ao fim e ao cabo, Patrão Bigodes não tem outro remédio senão "engraxar" Dr. Fintas.
Esta não era uma boa publicidade para a sua pequena empresa de "armazenados".
- Isto tem de ser esclarecido!!! - dizia nervoso - O envelope ou era vermelho ou era branco!
- Podia ser às pintinhas... - alguém se atreveu a humurar a situação.
- Esteja calado!! - disparou Patrão Bigodes.
Cabeça de Fósforo permanecia ao canto assistindo a tudo com um gozo perverso.
Mas foi interpelada:
- Olhe lá! Cabeça de Fósforo! Telefone à pessoa que supostamente enviou o envelope e pergunte se se lembra de que cor era. - ordenou Patrão Bigodes
- É assim, não sei... É assim...
A Cabeça de Fósforo não lhe agradava ter de obedecer. E muito menos a Patrão Bigodes.
- Iá! Vai Cabeça de Fósforo! Telefona!! bute aí minha!!! - diziam os "armazenados" quase em uníssono.
Cabeça de Fósforo não resistiu a esta pressão e foi...
Meteu-se no seu gabinete, teclou um número e esperou...
Todos nós ficámos cá fora a olhar pelo vidro, qual vagabundo olhando pela vitrine de um restaurante, e tentámos perceber o que se dizia lá dentro.
As únicas palavras que consegui perceber:
- É assim ....... pois..... não sei quê..... assim.... não sei que mais..... pá..... é assim..... vermelho?..... branco?.... é assim..... pá..... iá....
A espera era longa e penosa...
Por fim, saiu.
- É assim! Ela diz que o envelope que mandou era branco, mas que não se lembra muito bem e não sei quê e não sei que mais. É assim, diz que o monte de envelopes que tem para usar naquele momento é de brancos, mas é assim, diz que não sei quê, mas que também tem tido vermelhos.
É assim, diz que tem quase a certeza que era branco.
- Humm - pensou Patrão Bigodes, cofiando o seu bigode - E em que dia mandou ela esse envelope?
- É assim, não perguntei e não sei quê...
O teor do olhar de Patrão Bigodes deve ter sido tal que aliado ao nosso de poucos amigos fez com que:
- É assim. Vou ligar outra vez e não sei quê... - afastou-se furiosa.
Desta vez a espera foi menor (uns 5 ou 6 "É assim" apenas).
- É assim: diz que mandou no dia 25 de Junho, sexta feira e não sei quê.
Aníbal espumava de raiva e ouvia-se um sussurrar:
- Era vermelho... era vermelho... Tenho a certeza absoluta... lembro-me muito bem.. estão todos a ser enganados.. era vermelho... eu sei ... ou eu não me chame Aníbal...
Fim da parte III
4 Comments:
Olá...
Cá para mim foi essa tal de "cabeça de fósforo" que queria meter alguém em apuros.
By Lobo Mau, at 9:09 da tarde
Podia ser sim.
Ou talvez não...
Talvez seja um pouco mais macabro do que isso...
Contínua a tentar.
By Bruaca, at 10:30 da tarde
Peço desculpa, ao invés da "cabeça de fósforo" queria dizer "sapo atropelado". Mas pelos vistos a coisa é mais complicada.
"The plot thickens"
;-)
By Lobo Mau, at 1:17 da manhã
Está à vista que o envelope era encarnado. Não me parece que o Aníbal tenha razões para mentir. Ou será que não sabemos tudo ainda e, afinal, até tem razões? Ele foi o último a ver o envelope... Terá ele algo contra a Surucucu?
Por outro lado, também não percebo por que razão "Sapo Atropelado" insiste num envelope branco... E essa sim, tem fortes razões para tramar os "armazenados" à primeira oportunidade, não?!
Daí uma outra pergunta: esses documentos eram assim tão importantes de modo a que "Sapo Atropelado" pudesse dar-se ao luxo de os fazer desaparecer apenas para tramar Surucucu? Será isso plausível?
By para mim, at 3:01 da manhã
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