Armazém 6

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Desafio VI

Quarta-feira, 30 de Junho de 2004, 9 horas.

Surucucu e eu estávamos completamente em estado histérico para confrontar Sapo Atropelado e Cabeça de Fósforo com a descoberta do envelope vermelho datado de 25 de Junho.
Aquela era uma prova irrefutável de que Aníbal não mentira ao dizer que lhe tinha sido entregue um envelope vermelho.

Chegou Cabeça de Fósforo.

Deixámos que ela fizesse a sua rotina matinal:

Tirar um café depois de ir buscar a chave da gaveta onde tem os pacotes de açúcar encerrados, abrir o "24 horas" enquanto bebe, sentar-se no seu gabinete e continuar a ler o "24 horas", abrir o computador e ver os mails, controlar se nada falta nas gavetas fechadas à chave e suspirar de tédio.

Parecia bem disposta.
Até perguntou:
- É assim, alguém precisa de açúcar e não sei quê?
O que é raro, normalmente dá-lhe um certo gozo que lhe vamos lá pedir "um pacote de açúcar se faz favor".

Fiz um sinal a Surucucu e avançámos.

- Precisamos de falar contigo - dissemos tímida e humildemente.
- É assim, agora estou ocupada e não sei quê, é urgente?
- É - dissemos em uníssono.
- É assim... - encolheu os ombros.

Chegara o momento.
Surucucu tinha o envelope escondido atrás das costas e eu fiz-lhe novo sinal para que o mostrasse.

Surucucu sacou do envelope e num gesto teatral levantou bem alto a mão e disse:
- Ontem encontrámos isto naquela caixa da reciclagem - e apontou para a caixa mesmo ao pé da mesa com documentos (ver de novo planta).
- Tem a data de sexta-feira - acrescentei em tom de desafio.
- É assim, eu não quero ouvir falar mais nessa história dos DBI! Não ficou já esclarecido e não sei quê? - refugiava o olhar no "24 horas".
- Não - de novo em uníssono.
- É assim, qué que querem mais! Sapo Atropelado entregou o envelope a Aníbal , que se enganou na cor, e vocês fizeram merda! É assim, não me chateiem mais com isso! E agora vão trabalhar que eu estou muito ocupada! - não sacava os olhos do "24 horas" que tinha como manchete uma qualquer senhora mediaticamente grávida.
- Mas não percebes Cabeça de Fósforo?! - subi o tom de voz - Este é o envelope que o Aníbal viu, que não é o mesmo que Sapo Atropelado recolheu, percebes?!
- Sapo Atropelado não vem? - perguntou Surucucu.
- Não. Telefonou a dizer que tinha assuntos pessoais para tratar - e passou mais uma folha do jornal.

Puxei a manga de Surucucu e sussurei-lhe que fossemos embora.

As duas saimos e discutímos exaltadas a situação. Aos poucos juntaram-se-nos mais armazenadas que, percebendo que algo se passava, também queriam participar.
Foi então que fiz o meu discurso:

- Algo se passa companheiros! E isto não fica assim! A verdade tem de ser descoberta!
olhavam estupefactas - Aníbal viu aquele envelope! Só há uma coisa a concluir: O envelope que Sapo Atropelado entregou a Aníbal não era o envelope branco com os DBI. Sim! Porque o verdadeiro envelope com os DBI era, de facto, branco! Isso foi confirmado! Cá para mim, foi Sapo Atropelado que fez merda e que não o quer admitir. Ela sabe! Ela sabe que Cabeça de Fósforo mandou prontamente um e-mail a Dr. Fintas! Uma irresponsabilidade desta envergadura...
- Desta quê?!
- Envergadura! Uma responsabilidade deste tamanho não passaria impune aos olhos de Dr. Fintas! Que outro motivo poderia haver para ela não ter aparecido a trabalhar? Sabia que o envelope vermelho ia ser encontrado! Foi ela que o pôs lá! Distraidamente! É ela que tem os DBI escondidos em algum lado! Por isso, Companheiras de armazém, a partir de hoje não passará! Não passará um único documento nas nossas mão que não seja verificado! Ela bem pode tentar meter os DBI no meio de outros documentos. Eu penso que, apesar de tudo, ela não quererá perder os DBI! Há implicações graves para os clientes! Ela só não quer é ser responsabilizada!
Está a tentar confundir-nos!
Mãos-à-obra então!

Incrivelmente todas me ouviram atentas, concordaram e ordeiramente, para Cabeça de Fósforo não desconfiar, voltámos todas ao trabalho.
Desta vez com um firme propósito: Encontrar, aos poucos, todos os DBI desaparecidos.
Nunca se produziu tanto no Armazém 6.

Até que...

A meio da tarde apareceu o Louro para um qualquer arranjo informático e ouvi Cabeça de Fósforo dizer-lhe:

- ... É assim, amanhã não pode ser. É assim, amanhã não estou cá. É assim agora só na sexta-feira.

Fim da parte V

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Desafio V

O dia de segunda-feira demorou a terminar.
Depois do telefonema de Cabeça de Fósforo, esta e Sapo Atropelado fecharam o assunto:

- É assim, a senhora que mandou o envelope disse que este era branco e não sei quê. Portanto, Aníbal enganou-se e não sei quê. Sapo Atropelado entregou o envelope branco a Aníbal e depois perdeu-se. É assim, vocês têm de ser responsabilizados e não sei quê.
- Tipo - dizia Sapo Atropelado em tom de vitória - eu fiz o que devia, tipo, entreguei o envelope, tipo, a partir daí a responsabilidade não é minha, tipo...
- É assim: Exactamente! - reforçou Cabeça de Fósforo.

Elas regressaram para os seus gabinetes e nós ao nosso trabalho.
Patrão Bigodes, furioso e indignado, foi-se embora, dizendo que ainda ia perceber o que tinha
acontecido.

Terça-Feira, 29 de Junho de 2004.

Surucucu e eu estávamos completamente revoltadas com a situação, nenhuma de nós acreditava que Aníbal estava a mentir e ela insistia em dizer que nunca chegara a ver sequer o envelope, branco ou vermelho.

- Temos que rever tudo outra vez! o envelope tem de aparecer!
- Eu continuo a achar que temos de procurar o vermelho - disse eu.
- Bute aí minha!

À hora de almoço, o Armazém 6 estava sossegado e começámos a busca frenética nas caixas da reciclagem. (Ver na planta do Armazém 6, são aqueles pequenos quadrados junto da mesa com documentos).
Estas caixas existem por todo o lado, geralmente uma encostada a cada posto de trabalho, e são quase diariamente esvaziadas e posteriormente levadas para um outro armazém não longe do nosso.

Esse outro armazém foi também todo revistado em busca do envelope dos DBI.

Procurámos, procurámos, procurámos e nada...

Já passava das 18h e apenas nós as duas restávamos no Armazém 6, até que...

Era uma visão?
Não! Era bem real!
Encontrei num caixote da reciclagem junto à mesa com os documentos um envelope vermelho!!

- Eu sabia!! Eu sabia!! Era vermelho! - Estava um pouco histérica, reconheço.

Surucucu precipitou-se para o pé de mim e:

- Porra!! o envelope está vazio!!!, disse.
- E eu já tinha visto essa caixa não sei quantas vezes! - exclamou Surucucu - garanto-te que não estava lá ontem!! Esse envelope foi posto lá hoje ou ontem ao fim do dia!
- Mas olha a data Surucucu!! É este o envelope que Aníbal viu! Estou certa!

Tinha um carimbo bem visível:

"25 de Junho de 2004"

Fim da parte IV




segunda-feira, janeiro 16, 2006

Desafio IV

Depois da confusão gerada devido à dúvida que se instaurou sobre a cor do envelope, a questão tomou grandes proporções.

Todos gritávamos e, nervosos, tentávamos perceber qual o sentido lógico da situação.

Patrão Bigodes estava muito exaltado, até porque já tinha sido informado do mail que Cabeça de Fósforo enviara a Dr. Fintas. Este facto era preocupante para ele porque, ao fim e ao cabo, Patrão Bigodes não tem outro remédio senão "engraxar" Dr. Fintas.
Esta não era uma boa publicidade para a sua pequena empresa de "armazenados".

- Isto tem de ser esclarecido!!! - dizia nervoso - O envelope ou era vermelho ou era branco!
- Podia ser às pintinhas... - alguém se atreveu a humurar a situação.
- Esteja calado!! - disparou Patrão Bigodes.

Cabeça de Fósforo permanecia ao canto assistindo a tudo com um gozo perverso.
Mas foi interpelada:

- Olhe lá! Cabeça de Fósforo! Telefone à pessoa que supostamente enviou o envelope e pergunte se se lembra de que cor era. - ordenou Patrão Bigodes
- É assim, não sei... É assim...

A Cabeça de Fósforo não lhe agradava ter de obedecer. E muito menos a Patrão Bigodes.

- Iá! Vai Cabeça de Fósforo! Telefona!! bute aí minha!!! - diziam os "armazenados" quase em uníssono.

Cabeça de Fósforo não resistiu a esta pressão e foi...

Meteu-se no seu gabinete, teclou um número e esperou...

Todos nós ficámos cá fora a olhar pelo vidro, qual vagabundo olhando pela vitrine de um restaurante, e tentámos perceber o que se dizia lá dentro.
As únicas palavras que consegui perceber:

- É assim ....... pois..... não sei quê..... assim.... não sei que mais..... pá..... é assim..... vermelho?..... branco?.... é assim..... pá..... iá....

A espera era longa e penosa...

Por fim, saiu.

- É assim! Ela diz que o envelope que mandou era branco, mas que não se lembra muito bem e não sei quê e não sei que mais. É assim, diz que o monte de envelopes que tem para usar naquele momento é de brancos, mas é assim, diz que não sei quê, mas que também tem tido vermelhos.
É assim, diz que tem quase a certeza que era branco.

- Humm - pensou Patrão Bigodes, cofiando o seu bigode - E em que dia mandou ela esse envelope?
- É assim, não perguntei e não sei quê...

O teor do olhar de Patrão Bigodes deve ter sido tal que aliado ao nosso de poucos amigos fez com que:

- É assim. Vou ligar outra vez e não sei quê... - afastou-se furiosa.

Desta vez a espera foi menor (uns 5 ou 6 "É assim" apenas).

- É assim: diz que mandou no dia 25 de Junho, sexta feira e não sei quê.

Aníbal espumava de raiva e ouvia-se um sussurrar:

- Era vermelho... era vermelho... Tenho a certeza absoluta... lembro-me muito bem.. estão todos a ser enganados.. era vermelho... eu sei ... ou eu não me chame Aníbal...

Fim da parte III

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Desafio III

Esse fim-de-semana foi muito agitado.
Surucucu fez questão de telefonar a todos os "armazenados" dizendo que não foi ela, chorosa, dizendo que ia ser despedida, desabafando com todos nós desesperadamente.

Segunda-feira, 28 de Junho de 2004, 9h da manhã.


Chegada dos "armazenados".

Ambiente pesado.
Ambiente de desconfiança entre todos.
Ambiente de preocupação sobre o que dizer a Patrão Bigodes.

Surucucu de olhos vermelhos e inchados, afirma não ter dormido todo o fim-de-semana, tem a nossa compreensão:

- Iá, acredito, esta coisa tem de se resolver, o Armazém 6 não tem buracos, os DBI têm de aparecer xavala!!! Não há crise, não te preocupes!

Chega Cabeça de Fósforo por volta das 9:30h:

- É assim, os DBI? Não apareceram e não sei quê?!
- Não, ainda não - respondeu um de nós timidamente .
- Pá! É assim, eu vou reportar a situação ao Dr. Fintas (Dr. Fintas é o Big Boss da empresa para a qual prestamos serviços) .
- Pá! Xavala! Tem lá calma! A gente da parte da manhã procura os DBI e se não aparecerem então reportas, iá?
- Não! É assim, vou reportar agora mesmo. Vou mandar um mail ao Dr. Fintas e não sei quê, já!!

A situação estava preta, Cabeça de Fósforo não mostrava nenhuma tolerância.
Estavamos genuinamente preocupados.

Telefonei a Patrão Bigodes.
Expliquei-lhe o que estava a acontecer.
- Vou voar já para aí! - respondeu-me exaltado .

Restava-nos esperar....
E procurar...

Cabeça de Fósforo, passado pouco tempo veio anunciar:

- É assim, já mandei o mail! Vocês não podem estar a manhã toda à procura dos DBI e não sei quê! É assim, têm de trabalhar e não sei quê! É assim, alguém tem de ser responsabilizado e não sei quê!

Ficámos tolhidos.
Voltámos para os nossos lugares, pensando em todas as hipóteses sobre aquilo que poderia ter acontecido.

Chegou Sapo Atropelado.
- Tipo: ainda não apareceram?
- Não!!! A Cabeça de Fósforo já mandou um mail ao Dr: Fintas!!!
- Ah! Tipo: ok. - parecia demasiado despreocupada, e foi para o seu gabinete.

Finalmente chegou Patrão Bigodes.
Despenteado, de bigode à banda, meteu-se logo em actividade.

Começou logo à procura em todo o lado, frenético, em sítios onde já todos nós tínhamos procurado.
Até que perguntou a Aníbal:

- Oh Aníbal, diga-me lá uma coisa, mas como é o envelope que andamos à procura?
- Sr. Patrão Bigodes, é um envelope A5 vermelho, já procurámos por todo o lado, não entendo o que possa ter acontecido.
- Vermelho? Como este, mas vermelho? - mostrava um envelope branco.
- Sim senhor Patrão Bigodes, e deve ter um carimbo com a data de sexta-feira, pois ali a Cabeça de Fósforo ou o Sapo Atropelado carimbam os envelopes que chegam.
- Então vamos a isto!! - continuava, obstinado procurando nas caixas da reciclagem, na esperança da visão de um envelope vermelho que, certamente, se destacaria do resto dos papéis brancos.

Uns minutos depois, Sapo Atropelado sai do seu gabinete, dirige-se a Aníbal, com quem nunca falava e diz:

- Tipo: O envelope que te entreguei não era vermelho, era branco. Oh Aníbal, tu deves estar é, tipo, daltónico não?
- Desculpa lá! O envelope era vermelho, disso tenho eu a certeza!! Lembro-me perfeitamente!!
- Branco!!
- Vermelho!!
- Branco!!
- Vermelho!!
- Branco!!
- Vermelho!! E não vou discutir isso mais contigo!! - Aníbal estava mesmo irritado, nunca o vira assim.

Patrão Bigodes aproximou-se e perguntou:
- Então mas afinal era branco ou vermelho?!

- Era branco. - dizia Sapo Atropelado
- Era vermelho, senhor Patrão Bigodes - dizia Aníbal.

Ficámos um pouco confusos.


Alguém comentou:

- Se ambos dizem a verdade, o envelope que Sapo Atropelado tinha com os DBI não é o mesmo que foi entregue a Aníbal. Ou então um deles mente.

Fim da parte II

terça-feira, janeiro 10, 2006

Desafio II

Dia 1 do caso do desaparecimento dos DBI, sexta-feira, meio da manhã.

Surucucu decide ir fumar um cigarrro, porém a máquina onde trabalha necessita de assistência quase permanente.
Como Cabeça-de-Fósforo faz um controle opressivo dessa função, convém não deixar a máquina sem vigilância.

Surucucu pede então a Aníbal para que a substitua uns minutos enquanto vai fumar um cigarro ali perto, por detrás de uma divisória:

- Oh Aníbal, meu, fazes-me aqui um favor e fica um bocadinho na máquina enquanto eu vou lá fora fumar uma cigarrada?!...

Aníbal, rapaz corpulento, de poucas palavras, levantou-se com um grunhido e avançou para o lugar anteriormente ocupado por Surucucu.
Esta última, aos saltinhos leves, de SG Gigante na mão, correu para o local onde ainda é permitido fumar dentro do Armazém 6, ou seja, numa pequena divisória junto à porta grande que está sempre fechada por razões de segurança.

Aníbal tomou o lugar de Surucucu.

Pouco depois, surgiu Sapo Atropelado com um envelope.

O envelope dos DBI.

- Aníbal, tipo, vou deixar aí o envelope dos DBI, depois diz à Surucucu - afirmou Sapo Atropelado, que encostou o envelope ao monitor do computador de Surucucu, bem à vista.
- Iá... Tá-se bem.

Sapo Atropelado, com um excesso de zelo resultante da sua insegurança na gestão do Armazém 6, foi à sala de fumo, espetou a sua cabeça e disse à Surucucu:

- Minha, tipo, deixei ali ao Aníbal uns DBI no teu lugar. Depois trata daquilo, iá?
- Iá... Já vai, já vai... - respondeu Surucucu despreocupada com o excessivo zelo de Sapo Atropelado, que depois regressou ao gabinete.

Surucucu acabou de fumar e regressou ao seu lugar onde ainda está Aníbal. Este último, topou-a pelo canto olho e levantou-se para regressar ao seu lugar.

Porém, Surucucu não foi logo para junto da máquina.

Não. Fez um pequeno desvio para o WC, onde ficou uns minutos.

Durante esses minutos ninguém, que se soubesse, esteve junto da máquina próxima do computador de Surucucu, onde momentos antes Sapo Atropelado colocara os DBI.

Surucucu regressou ao seu lugar e retomou o trabalho.

No fim do dia, quando já todos se preparavam para arrumar os seus haveres pessoais para regressarem a casa, Sapo Atropelado interpelou Surucucu:

- Iá, tipo, é verdade... Os DBI já estão feitos?
- Quais DBI?!
- Os DBI que deixei com o Aníbal hoje de manhã, eu disse-te!...

Os sentidos de Surucucu iluminaram-se! Lembrara-se de repente que se esquecera de fazer os DBI! Mas, também é verdade, esquecera-se deles porque, justificou, não os viu em cima da mesa quando regressou do WC.

Preocupada, foi então procurar o precioso envelope nas mesas contíguas à sua e nas caixas da reciclagem, ali ao lado.

O envelope não havia forma de aparecer.

Eram já seis horas e Cabeça de Fósforo e Sapo Atropelado sairam:

- Bem , pessoal, então bom-fim-de-semana!

Em solidariedade, todo o Armazém 6, numa sexta-feira, ao fim do dia, encetou uma busca desenfreada.


Tudo foi revistado:

WC
Sala de fumo
Copa
Secretárias e respectivas gavetas
Arquivos nos fundos do Armazém 6
Uma pequena salinha onde as empregadas da limpeza guardam os seus utensílios

Tudo...

Excepto os gabinetes de Sapo Atropelado e de Cabeça de Fósforo, cujo acesso não nos é autorizado, apesar de Sapo Atropelado ter dito antes de sair:

- Tipo, já vi no meu gabinete e não estão! - arregalou os olhos para nós, já desgrenhadas de tanta busca.

Mas, nada...


Surucucu entrava em ataque de choro gritando:

- Vou ser despedida!...

Fim da parte I

(Não se esqueçam de ir consultando a planta! - é só clicar.)


sábado, janeiro 07, 2006

Desafio I

Na mesa ao canto (assinalada no post anterior na planta do Armazém 6 como "Mesa com documentos") os estafetas depositam todos os dias documentos.

Esses documentos podem ser de várias proveniências e de várias classes.

Os DBI são de uma classe que está sob a responsabilidade de Surucucu, se bem que antes de lhe serem entregues são devidamente inspeccionados por Sapo Atropelado ou Cabeça de Fósforo.

Apenas Sapo Atropelado ou Cabeça de Fósforo podem retirar os documentos dessa mesa.
Esta regra é rigorosamente cumprida.

Naquele dia foi Sapo Atropelado que os inspeccionou...

Era o dia 25 de Junho de 2004, uma sexta-feira.
O dia 1 do caso do desaparecimento dos DBI...

(continua ... )

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Preparem-se para um grande desafio

A história do Armazém 6 que irei passar a relatar é algo elaborada.

É uma história digna de livros de Agatha Christie.

A partir de hoje, e durante os próximos dias, vou contar o que se passou com uns documentos desaparecidos: Chamemo-lhes "Documentos Bué da Importantes" (DBI)

Será, a meu ver, o primeiro desafio policial na blogosfera...
Afinem o vosso engenho e tentem depois descobrir quem é o culpado...



(Planta do Armazém 6. Cliquem na imagem para ampliar)